Recentemente a revista ISTO É publicou uma matéria intitulada: “ O Novo Retrato da Fé no Brasil”. Através do resultado de várias pesquisas sociológicas, a matéria tenta demonstrar que a religiosidade do brasileiro está mudando, pois foi observado que aumentou a frequência da migração religiosa, ou seja os adeptos estão cada vez menos fiéis a sua fé, segundo as pesquisas 23,5% das pessoas trocaram de religião em algum momento de sua vida. Os principais motivos seriam o secularismo, que dificulta a passagem das tradições dos pais para os filhos, a racionalização do sagrado que transforma a crença em mercadoria a ser escolhida segundo a necessidade do adepto, e o sincretismo religioso que é responsável pelo obscurecimento das fronteiras entres as tradições religiosas.
As pesquisas mostram que tem crescido o número dos cristãos que migram para os cultos afros. “A teóloga Lídia Maria de Lima irá defender até o final do ano uma dissertação de mestrado sobre o trânsito religioso de evangélicos para religiões afro-brasileiras. A pesquisadora já entrevistou 60 umbandistas e candomblecistas e verificou que 35% deles eram evangélicos antes de entrar para os cultos afros. Preterir as denominações cristãs por religiões de origem africana é outro tipo de migração até então pouco comum. Não é, porém uma movimentação tão traumática, uma vez que o currículo religioso dos ex-evangélicos convertidos à umbanda ou ao candomblé revela, quase sempre, passagens por grupos de matriz africana em algum momento de suas vidas. (…) A teóloga Lídia sugere que os sistemas simbólicos das religiões evangélica e afro-brasileira têm favorecido a circulação de fiéis da primeira para a segunda. ‘Há uma singularidade de ritos, como o fenômeno do transe. Um dos entrevistados me disse que muito do que presenciava na Igreja Universal (do Reino de Deus) ele encontrou na umbanda’ “. [1] (Veja a entrevista com Silvio Garcia, ex-pastor evangélico que se tornou pai de santo)
http://www.istoe.com.br/reportagens/152980_O+NOVO+RETRATO+DA+FE+NO+
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